Os 5 aspectos da reforma tributária que vão transformar o dia a dia das empresas em 2026
Com pouco mais de um mês para o início da transição da reforma tributária brasileira, a fase prática em 2026 promete alterar profundamente a rotina das empresas, marcando o início dos testes e a necessidade de adaptação.
Apesar do novo modelo tributário prometer simplificação estrutural, existe um impacto operacional imediato e que as empresas devem sentir rapidamente. Sendo assim, Eduardo Guerra, especialista em compliance e planejamento tributário no Guerra Batista Consultores, explica os cinco aspectos principais que vão mudar o dia a dia das empresas. Confira:
1) Fase de teste da CBS e do IBS: Em 2026 inicia a fase experimental nacional das duas peças centrais da reforma: a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) e o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS). Segundo o especialista, no período de calibragem das alíquotas práticas citadas pela regulamentação, não haverá recolhimento definitivo, porém as empresas terão que registrar os valores nas notas fiscais e em sistemas para fins de testes e ajustes.
2) Unificação e deslocamento de tributos: A proposta que unifica tributos, tem como objetivo reduzir a cobrança em cascata. O especialista explica que, na prática, isso altera a base de cálculo e créditos fiscais, podendo reduzir custo tributário em algumas cadeias e aumentar em outras. Com isso, a mudança exige precificação de produtos/serviços, revisão de contratos e modelagem de margem.
3) Regra de lugar de cobrança e coordenação entre entes federativos: O IBS prevê regras técnicas de cobrança por destino, afetando logística, preços por estado/município e alocação de receitas entre entes federativos. Dessa forma, Guerra destaca que empresas com vendas interestaduais ou prestação de serviços digitais, devem revisar o stamping fiscal, política de preços por cliente e gestão de devoluções e distratos.
4) Maior pressão por tecnologia, compliance e governança fiscal: Em um contexto de hiperconexão, o uso da tecnologia já se tornou uma realidade nas empresas, porém, com as mudanças, o especialista afirma que a pressão por automação, integração ERP–fiscal e controles internos irá se intensificar ainda mais em 2026. O custo inicial é relevante, mas não se adequar traz multas e retrabalho.
5) Segurança jurídica e mudanças no ambiente de M&A: A transição sustenta demanda por pareceres técnicos e aumenta a importância do planejamento tributário e do compliance preventivo. Segundo Guerra, as operações de fusões e aquisições precisarão de due diligence tributária ainda mais detalhada e cláusulas contratuais que contemplem riscos da transição.
Por fim, o especialista explica que, embora 2026 marque o início dos testes, a agenda de transição é escalonada, com mudanças previstas até 2033. “Para empresas isso significa planejamento plurianual: investimentos em sistemas, simulações fiscais e roteiros de adaptação alinhados com o cronograma legislativo”.
A promessa de um sistema mais simples e menos cumulativo só será colhida se as empresas souberem transformar a adequação operacional em vantagem estratégica. A oportunidade está em quem antecipar controles, mapear riscos e transformar conformidade em governança competitiva.
By Dam Press Comunicação
Foto: Divulgação
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