Novembro Azul expõe desafios do cuidado masculino e reforça importância do diagnóstico precoce
Campanha amplia debate sobre saúde do homem no Brasil e evidencia lacunas em prevenção, hábitos e acesso a serviços médicos
A campanha Novembro Azul, apoiada pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca) e pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), volta a destacar a importância do diagnóstico precoce do câncer de próstata e a necessidade de atenção integral à saúde masculina. Estimativas do Inca projetam 71.730 novos casos por ano no triênio 2023 a 2025, tornando a doença o segundo tipo de câncer mais incidente entre homens no país, atrás apenas dos tumores de pele não melanoma. A mortalidade acompanha o alerta: em 2024 foram registrados 17.587 óbitos, média de 48 mortes por dia, aumento de cerca de 21% em dez anos.
O que está em discussão é mais amplo do que a detecção do tumor. A campanha mira um conjunto de comportamentos e fatores de risco que afastam os homens da prevenção. Levantamentos recentes indicam que 46% dos brasileiros acima de 40 anos só procuram atendimento médico quando apresentam sintomas, índice que sobe para 58% entre usuários exclusivamente do SUS. Estudos também mostram que 70% das consultas médicas entre homens ocorrem por incentivo de mulheres ou filhos, o que revela resistência à rotina de cuidado.
Um cenário que exige vigilância
Ainda que a idade seja o principal fator de risco para o câncer de próstata, dados do Ministério da Saúde revelam que os atendimentos relacionados à doença em homens com até 49 anos cresceram 32% entre 2020 e 2024, passando de 2,5 mil para 3,3 mil procedimentos no período. O aumento reforça a necessidade de acompanhamento médico estruturado desde as etapas mais jovens da vida adulta, especialmente para quem tem histórico familiar ou ascendência africana.
O calendário do Novembro Azul concentra ações em novembro, mas entidades médicas insistem que a prevenção deve ser contínua. Para a SBU, a recomendação é que homens a partir de 50 anos, ou a partir de 45 anos quando há histórico familiar, discutam com médicos a realização de exames como PSA e toque retal, conforme o perfil individual.
Hábitos que pesam nos indicadores
Os dados de vigilância em saúde apontam comportamentos que influenciam diretamente o risco de adoecimento. O relatório Vigitel 2023, que monitora fatores de risco nas capitais brasileiras, indica que 10,2% dos homens admitiram dirigir após consumir bebidas alcoólicas. Entre beneficiários de planos de saúde nas 27 capitais, 67,8% dos homens apresentaram excesso de peso em 2023. Apenas 40,6% dos adultos praticam atividade física no nível recomendado pela Organização Mundial da Saúde, percentual que, apesar de maior entre homens, permanece insuficiente.
Além disso, prevalecem comportamentos como alimentação inadequada, baixa adesão a exames anuais e automedicação. Esses fatores ampliam vulnerabilidades e reduzem a chance de diagnóstico em fases iniciais.
Educação, prevenção e rotina de cuidados
Para especialistas e entidades de saúde, a campanha se sustenta em três pilares centrais: informação, mudança de hábito e adesão a consultas periódicas. As recomendações incluem:
1. Consulta médica anual, mesmo sem sintomas, para avaliação de riscos e detecção precoce de doenças.
2. Discussão individualizada sobre exames de rastreamento, especialmente para homens acima dos 50 anos ou pertencentes a grupos de risco.
3. Adoção de estilo de vida saudável, com alimentação equilibrada, prática de atividade física semanal e redução do consumo de álcool.
4. Incorporação do cuidado como parte da rotina, rompendo barreiras culturais que afastam homens de serviços de saúde.
5. Atenção ampliada, contemplando não apenas o câncer de próstata, mas também doenças cardiovasculares, diabetes, obesidade e saúde mental.
Uma mudança cultural necessária
Ao colocar dados e comportamentos em perspectiva, o Novembro Azul evidencia que a resistência ao cuidado continua sendo um dos principais desafios. A combinação entre alta incidência da doença, procura tardia por atendimento e hábitos de risco forma um cenário que exige mobilização permanente de instituições de saúde, imprensa e sociedade.
A campanha cumpre papel de alerta e educação ao reforçar que a prevenção não se limita ao mês de novembro e que a adoção de uma rotina de cuidados pode reduzir de forma significativa o impacto das principais doenças que atingem os homens no Brasil.
Sobre Rodrigo Araújo
Rodrigo Araújo é Técnico em Segurança do Trabalho, engenheiro ambienta. Com mais de 20 anos de experiência, atuou como gestor de saúde ocupacional e segurança do trabalho e atuou em grandes empresas como Lacta, Roche Farmacêutica e Ipiranga Química.
Há 13 anos, fundou a Global Work com um propósito claro: “Cuidar de forma efetiva e integrada do maior ativo de qualquer negócio, seus colaboradores, e, ao mesmo tempo, oferecer ao empresário um diagnóstico completo, capaz de gerar retornos tangíveis e intangíveis para cada valor investido, com ROI de 3 a 10 vezes”. Atualmente, é CEO da companhia.
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Sobre a Global Work
A Global Work é especializada em saúde ocupacional, segurança do trabalho e programas de qualidade de vida corporativa. Com clínica própria na Avenida Paulista no coração de São Paulo e uma rede credenciada de mais de 3.000 unidades em todo o Brasil, oferece soluções personalizadas que unem tecnologia, atendimento humanizado e conformidade legal. A missão da empresa é apoiar organizações na promoção do bem-estar dos colaboradores e na gestão integrada da saúde e segurança no trabalho.
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By Carolina Lara Comunicação
Foto: Divulgação
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