Endividamento histórico coloca 8 milhões de empresas em risco de ruptura no Brasil

Micro e pequenas concentram R$ 130,5 bilhões em dívidas, comprometendo o caixa e elevando risco de fechamento; Marcos Pelozato alerta para adoção imediata de gestão de crise

 

Postado segunda-feira 29/12/2025 por Redação

Endividamento histórico coloca 8 milhões de empresas em risco de ruptura no Brasil
Endividamento histórico coloca 8 milhões de empresas em risco de ruptura no Brasil

O Brasil alcançou em 2025 um dos cenários mais críticos de endividamento empresarial desde o início da série histórica. Segundo dados reunidos pela Serasa Experian e pelo Mapa de Empresas do governo federal, mais de 8 milhões de empresas estão negativadas, das quais 7,6 milhões são micro e pequenas, segmento responsável por grande parte dos 102,4 milhões de trabalhadores formais do país. 

 

O passivo acumulado entre essas companhias ultrapassa R$130,5 bilhões, o que indica que 1 em cada 3 empresas formais opera no vermelho, com comprometimento severo do fluxo de caixa. Parte desses dados também aparece em levantamentos presentes nos materiais já utilizados em reportagens sobre insolvência empresarial .

 

A deterioração financeira tem origem em fatores combinados: queda de faturamento, juros elevados, retração no crédito e falta de gestão especializada. Para Marcos Pelozato, advogado, contador, conselheiro e especialista em reestruturação empresarial há 14 anos, o problema se agrava porque a maior parte dos empresários ignora sinais de colapso. “O empresário brasileiro costuma buscar ajuda somente quando a situação já fugiu do controle. Quando o caixa trava, o fornecedor fecha a torneira e a dívida explode, as alternativas ficam muito mais restritas”, afirma.

 

Pelozato ressalta que essa cultura de reação tardia potencializa a mortalidade de negócios, especialmente entre micro e pequenas empresas, público que mais sofre com oscilações de receita e com o acúmulo rápido de passivos. O especialista reforça que a deterioração atual acende um alerta nacional.“Se mais de 7,6 milhões de empresas estão em risco e você faz parte desse grupo, esperar não é uma opção. A omissão é uma escolha pelo fechamento”, diz.

 

A situação de inadimplência generalizada já produz efeitos sistêmicos. Com o aumento da restrição de crédito e o avanço das dívidas vencidas, empresas de menor porte têm perdido capacidade de honrar compromissos, renegociar com fornecedores e manter estoques básicos. Os problemas se assemelham aos já registrados em análises sobre crise de liquidez presentes em estudos anteriores, que relatam 7,3 milhões de empresas com dificuldades para manter operações e mais de R$170 bilhões em dívidas acumuladas no país .

 

Segundo Pelozato, a fragilidade financeira afeta não apenas a operação, mas a preservação de empregos. “Quando uma microempresa fecha, não é só o dono que perde. São milhões de famílias que sentem o impacto, porque esse segmento sustenta boa parte dos postos de trabalho formais”, explica.

 

O especialista explica que, diante da escalada de passivos, restam dois caminhos: aderir a um processo profundo de reestruturação como o Conselho de Crise  ou ingressar na Recuperação Judicial. Ambos exigem diagnóstico estruturado, reordenação do passivo e ação imediata. “A Recuperação Judicial não é uma confissão de fracasso. É uma ferramenta legal que protege empresas viáveis”, reforça Pelozato.

 

Ele também defende que profissionais de contabilidade e direito precisam atuar de maneira preventiva, não apenas em momentos de colapso. “Falta conhecimento técnico entre empresários e até entre profissionais que deveriam orientar esses negócios. Sem essa preparação, muitas empresas acabam fechando sem sequer considerar alternativas legais de reorganização”, afirma, ecoando apontamentos de pesquisas recentes sobre a escassez de especialistas em reestruturação .

 

Pelozato enfatiza que empresas travadas financeiramente precisam agir em questão de semanas, não meses. “A cada mês de atraso, a dívida cresce, o caixa diminui e as chances de recuperação despencam. Reorganizar o passivo, renegociar dívidas e comprovar a viabilidade econômica são etapas que precisam ser iniciadas imediatamente”, conclui.

 

Sobre Marcos Pelozato

Marcos Pelozato é advogado, contador e empresário com 14 anos de atuação no setor de reestruturação empresarial e recuperação judicial. Reconhecido como referência no segmento, presta assessoria estratégica a empresas em crise financeira, com foco em reorganização societária, gestão de passivos e recuperação de negócios. 

 

À frente de um escritório especializado, Marcos também atua como mentor para advogados e contadores interessados em ingressar na área de reestruturação, com o objetivo de ampliar o número de profissionais capacitados a atuar diante da crescente demanda por soluções eficazes em gestão de crise. 

 

Para mais informações, acesse: youtube.com/@marcospelozato.oficialinstagram ou pelo LInkedin.

 

By Carolina Lara Comunicação
Foto: Divulgação

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