Cozinhas dos novos tempos: como incluir o cooktop no décor

Com vários tipos de cooktop disponíveis, a arquiteta Rosangela Pena diferencia as principais opções e dá dicas sobre como acertar na instalação desse eletro tão desejado

Postado quarta-feira 19/11/2025 por Redação

Cozinhas dos novos tempos: como incluir o cooktop no décor
Cozinhas dos novos tempos: como incluir o cooktop no décor

Com a cozinha cada vez mais integrada à área social, o cooktop ganha força por tornar o visual do ambiente mais clean e elegante, além de otimizar espaço e resultar em praticidade. Projeto: Rosangela Pena Arquitetura | Fotos: Sidney Doll

 

O nosso lar é um reflexo da rotina e do estilo de vida da família, portanto, acertar na escolha dos eletrodomésticos pode tornar tudo isso mais prático e leve. Com isso, o tradicional fogão, que faz parte da história da casa dos brasileiros, ganhou um concorrente de peso, o cooktop, novo queridinho do momento. "Em resumo, os cooktops ocupam menos espaço do que um fogão convencional, se tornando um importante aliado em projetos de casas e apartamentos contemporâneos, em especial, dos imóveis compactos", analisa a arquiteta Rosangela Pena, que costuma apostar nesse eletro nos seus mais variados tipos e estilos. Mas como escolher o modelo ideal e qual a diferença entre cada um deles?

 

Há três alternativas principais com diferentes particularidades: cooktop a gás, elétrico e por indução. O modelo a gás é o mais tradicional e amplamente utilizado. Requer ponto de gás encanado ou botijão próximo, além de ventilação adequada para segurança. A bancada deve prever abertura para o encaixe, espaço para o flexível de gás e acesso fácil para manutenção.

 

Já o modelo elétrico funciona por resistência, por isso exige alimentação elétrica exclusiva, geralmente em 220V, com disjuntor dedicado e fiação compatível com a potência. A instalação é simples e dispensa gás, contudo o consumo elétrico é mais alto, utilizando o campo magnético para aquecer diretamente o fundo das panelas. O modelo de indução também precisa de alimentação 220V e disjuntor independente, além de panelas específicas com fundo ferroso. É o mais seguro, pois não gera chama e tem superfície fria ao toque.

 

Escolhendo o modelo ideal

O cooktop a gás exige infraestrutura para o ponto de gás (canalização, válvula e espaço para o flexível), além de ventilação natural no ambiente, conforme normas técnicas de segurança. É importante prever acesso fácil ao registro e evitar interferências com gavetas e divisórias.

 

Já os modelos elétricos ou de indução demandam ponto de energia dimensionado conforme a potência do equipamento, mas dispensam ventilação e espaço para mangueiras. Isso permite soluções mais limpas e compactas, com gavetões diretamente abaixo do cooktop.

 

Neste apartamento, o cooktop de indução, instalado sobre a bancada de material sintético branco, foi a escolha perfeita para integrar cozinha e estar. Banquetas altas e confortáveis possibilitam que a bancada, além de um apoio no preparo dos alimentos, também sirva para as refeições rápidas. Projeto: Rosangela Pena Arquitetura | Fotos: Sidney Doll

 

Para definir o modelo de cooktop, a profissional busca entender o perfil de uso e as prioridades dos moradores, antes de iniciar o projeto. "Para quem cozinha com frequência e deseja versatilidade, o modelo a gás ainda é o mais indicado", destaca Rosangela Pena. Para quem valoriza praticidade, limpeza e estética, o modelo de indução costuma ser o preferido, além de ser mais seguro. Já o modelo elétrico, ela caracteriza como uma opção intermediária, geralmente usada onde não há ponto de gás disponível.

 

Instalação e cuidados essenciais

Uma das potencialidades do cooktop é a possibilidade de ocultar as mangueiras através da arquitetura. "É inclusive recomendado que isso aconteça, ocultando as mangueiras de gás e conexões de forma segura e integrada à marcenaria", explica Rosangela Pena, que acrescenta algumas soluções possíveis.

 

É possível criar compartimentos técnicos dentro dos módulos inferiores, com fundo falso ou divisória recuada. Outra ideia é criar uma passagem embutida na lateral do móvel ou atrás da base do gabinete, garantindo ventilação e fácil acesso ao registro. O uso de rodapés removíveis que permitem inspeção e manutenção também é uma possibilidade, uma vez que não prejudicam a estética.

 

Contudo, é essencial frisar que essas soluções precisam seguir as normas da ABNT (NBR 13932), não comprometendo a ventilação nem o acesso ao registro de gás. Um profissional da área é mais do que indicado para fazer o projeto, indicar a melhor solução e acompanhar toda a instalação.

 

Com todo o equipamento instalado e oculto pela marcenaria, esse projeto de cozinha é mais um exemplo da eficácia dos cooktops dentro da cozinha. A marcenaria, sob medida, deixou todas as conexões resguardadas e sem atrapalhar a passagem, dividindo o espaço da bancada com gavetas e até com a própria pia com máxima organização. Projeto: Rosangela Pena Arquitetura | Foto: Sidney Doll

 

Em formato de L, essa cozinha trouxe um layout espaçoso, com uma estação para as duas cubas e outra para o cooktop a gás. Abaixo da peça, armários ocultam as conexões, deixando toda estrutura oculta. Projeto: Rosangela Pena Arquitetura | Foto: Sidney Doll

 

Cooktops em bancadas e a integração com outros ambientes

Outro charme proporcionado pelos cooktops é sua facilidade de implementação em ambientes integrados, podendo atender até dois setores ao mesmo tempo. Tudo isso torna o eletro um poderoso aliado para os projetos de áreas gourmets e, principalmente, das cozinhas integradas com o estar.

 

Para quem deseja potencializar a integração com o cooktop, Rosangela Pena dá uma dica preciosa: "Combine sempre o cooktop com uma coifa, pois assim a gordura não vai se espalhar pelos ambientes vizinhos." Outro artifício é usar e abusar das bancadas e das ilhas, que podem servir tanto de balcão para refeições rápidas como estações de preparo dos alimentos.

 

Cooktop Brastemp Gourmand Inox nesta cozinha integrada com a área social. Projeto: Rosangela Pena Arquitetura | Fotos: Sidney Doll

 

Na bancada península da cozinha, a arquiteta Rosangela Pena usou um cooktop de 5 bocas Electrolux a Gás com Tripla Chama (KE5TP) | Fotos: Sidney Doll

 

Cooktops industriais

Para aqueles que possuem uma ligação ainda mais forte com a culinária e a gastronomia e desejam trazer uma peça mais robusta para dentro de casa, existe uma opção que se adapta muito bem aos projetos de cozinhas industriais: é o rangetop. Esse modelo também pode ser instalado direto nas pedras, como os demais modelos de cooktop e ter suas conexões ocultas pelos demais recursos arquitetônicos.

 

Este modelo é chamado de rangetop, se distinguindo dos cooktops por ser mais potente, ter queimadores de alta potência e ser mais semelhante a um fogão profissional. Projeto: Rosangela Pena Arquitetura | Foto: Sidney Doll

 

Sobre a arquiteta Rosangela Pena 

Arquiteta e Urbanista formada pela Universidade Cruzeiro do Sul, Rosangela Pena comanda o escritório de arquitetura e interiores em São Paulo; atuando há mais de 20 anos na área, visando integrar sofisticação, funcionalidade e conforto para dar vida a projetos inovadores e contemporâneos com uma qualidade excepcional. A equipe do escritório Rosangela Pena Arquitetura é formada por um time de profissionais bem entrosados e competentes, sendo cada um uma peça fundamental para o funcionamento do escritório como um relógio.

 

Instagram: @rosangelapenaarquitetura
Site: www.rosangelapenaarquitetura.com
Tel.: 11 2251-5889

 

 

By dc33 Comunicação 
Foto: Sidney Doll

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