Arquitetura que encanta: como os espaços moldam a experiência de quem viaja

O arquiteto Daniel Szego reflete sobre a relação entre forma, emoção e memória — e revela como hotéis e espaços públicos se tornam verdadeiros protagonistas das experiências turísticas

 

Postado segunda-feira 10/11/2025 por Redação

Arquitetura que encanta: como os espaços moldam a experiência de quem viaja
Arquitetura que encanta: como os espaços moldam a experiência de quem viaja

Viajar é um ato de descoberta. Mais do que percorrer distâncias, é vivenciar sensações, perceber o mundo através da luz, do som, das texturas e das proporções que nos cercam. Para o arquiteto Daniel Szego, a arquitetura é a grande mediadora dessa experiência: ela define como o visitante se relaciona com o espaço, como enxerga a cultura local e até como guarda suas lembranças.

 

“Um edifício bem projetado é capaz de emocionar, de contar uma história sem precisar de palavras. Ele cria pertencimento e faz com que o visitante se sinta parte do lugar”, reflete o profissional.

 

A arquitetura como narrativa de viagem

Em destinos turísticos, a arquitetura assume um papel quase poético. Ela conduz o olhar, estimula os sentidos e convida o visitante a interpretar o espaço como uma extensão da paisagem.

 

Itália

 

 

Para Daniel, cada projeto é uma narrativa: “Quando o turista entra em um hotel, um museu ou uma praça, ele está, na verdade, participando de uma história. As texturas, os volumes e a iluminação são os capítulos que conduzem essa experiência.”

 

Chicago Skyline

 

Diversos destinos ao redor do mundo revelam como a arquitetura pode se tornar protagonista dessa narrativa. Dubai, por exemplo, transformou o deserto em um cenário futurista, onde arranha-céus desafiadores e construções que imitam velas ao vento simbolizam a ousadia e o movimento constante da cidade. Em contrapartida, Alberobello, no sul da Itália, encanta pela simplicidade: suas casas de pedra empilhadas, os famosos trulli, criam uma atmosfera quase mágica, provando que não é preciso ser uma metrópole para atrair visitantes — a arquitetura, ali, é a principal razão da viagem. Já Chicago é celebrada como um verdadeiro museu a céu aberto, berço de grandes nomes e experimentações arquitetônicas que definiram o skyline moderno. E o Egito, com suas pirâmides milenares e templos monumentais, continua a fascinar o mundo ao mostrar que a arquitetura é também uma ponte entre o passado e o eterno.

 

Cayan Tower - Dubai

 

Em cidades que apostam na arquitetura como elemento identitário, os edifícios deixam de ser apenas construções e se tornam símbolos — lugares que definem o caráter do destino e despertam orgulho em quem o visita.

 

Egito

 

Hotéis: onde o acolhimento encontra a estética

A hospitalidade começa antes mesmo do check-in. A arquitetura, ao lado do design de interiores, é o que transforma a hospedagem em experiência. O arquiteto destaca que os hotéis contemporâneos precisam unir conforto, autenticidade e emoção.

 

“O hóspede quer sentir-se acolhido, mas também inspirado. Cada detalhe — da volumetria do lobby ao toque dos materiais — deve despertar sensações e criar memórias”, explica.

 

Nos hotéis boutique, o profissional valoriza o diálogo entre o espaço e o entorno, explorando elementos locais e soluções sustentáveis. Já nas grandes redes, aposta na integração entre arte, tecnologia e natureza como forma de aproximar o visitante do ambiente. “A arquitetura deve ser o primeiro gesto de hospitalidade”, resume.

 

Espaços públicos: o palco da convivência e da emoção

Além das hospedagens, os espaços públicos têm papel essencial na experiência turística. Praças, passarelas, parques e centros culturais bem projetados tornam-se convites à permanência, transformando o cotidiano em contemplação.

 

“Quando uma cidade é pensada com cuidado estético e funcional, o visitante sente isso. A arquitetura humana e acolhedora transforma a maneira como se vive o lugar e é isso que o torna inesquecível”, observa Szego.

 

Em seus projetos, o arquiteto prioriza a fluidez entre interior e exterior, o uso de materiais naturais e o respeito às preexistências culturais. O resultado são espaços que não apenas se integram à paisagem, mas também despertam afeto e pertencimento.

 

Arquitetura sensorial: projetar para sentir

Cada projeto de Daniel Szego nasce de uma busca por experiências que toquem o visitante. Para ele, a verdadeira arquitetura é aquela que conversa com os sentidos. “Não é apenas sobre ver um espaço bonito, mas sobre sentir o ambiente, a temperatura, o som, a textura sob os pés”, explica.

 

A integração entre luz natural, elementos regionais e materiais honestos cria uma atmosfera que traduz a identidade de cada destino. Seja em um hotel à beira-mar, em uma praça urbana ou em um edifício histórico, a intenção é sempre a mesma: transformar o espaço em emoção.

 

O futuro da arquitetura no turismo

O arquiteto acredita que o futuro da hospitalidade e do turismo urbano caminha para uma abordagem mais sustentável, imersiva e emocional. A tendência é que os edifícios dialoguem com a natureza, respeitem o contexto local e ofereçam experiências únicas e genuínas.

 

“A arquitetura que mais encanta é aquela que deixa espaço para o sentir. Viajar é colecionar emoções — e cada parede, cada sombra, cada estrutura pode ser parte dessa lembrança”, conclui o arquiteto.

 

By Data Studio Comunicação
Foto: Divulgação

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